Estudos da OMS Sobre a Ingestão Segura de Silício na Água Potável

Introdução

O silício é um mineral presente naturalmente em diversos alimentos e na água potável. Nos últimos anos, o interesse científico sobre seus efeitos na saúde humana aumentou significativamente, impulsionado por pesquisas que exploram seus benefícios para ossos, pele, cabelos e até para o sistema imunológico.

Neste contexto, os estudos e orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS) têm um papel fundamental. Entender o que a OMS diz sobre a ingestão de silício na água potável é essencial para garantir um consumo seguro e benéfico do mineral no dia a dia.

Neste artigo, vamos explorar o que os estudos da OMS revelam sobre o silício na água, qual é a ingestão segura, quais os possíveis efeitos no organismo e como esse conhecimento pode ser útil na escolha de águas minerais ricas em silício.

O Que É o Silício e Onde Ele Está Presente?

O silício é um oligoelemento encontrado em abundância na crosta terrestre, sendo o segundo mineral mais comum do planeta, atrás apenas do oxigênio. Na natureza, ele aparece principalmente na forma de dióxido de silício (SiO₂) e silicato.

Na água potável, o silício geralmente está presente como ácido ortossilícico — sua forma solúvel e biologicamente ativa. Essa forma é facilmente absorvida pelo organismo, o que faz da água mineral uma fonte eficiente do mineral.

Além da água, o silício também está presente em alimentos como cereais integrais, aveia, banana, vegetais verdes e algumas leguminosas.

Por Que o Silício É Importante Para a Saúde?

Estudos indicam que o silício desempenha várias funções importantes no organismo:

  • Participa na formação de colágeno, essencial para a saúde da pele, cabelos, unhas e articulações.
  • Contribui para a densidade óssea e auxilia na fixação do cálcio nos ossos.
  • Ajuda na elasticidade dos vasos sanguíneos e pode ter efeito protetor contra doenças cardiovasculares.
  • Pode atuar como antioxidante, combatendo os radicais livres.

Por essas razões, seu consumo adequado é considerado benéfico, especialmente em populações mais vulneráveis, como idosos e pessoas com problemas articulares ou de pele.

O Que Diz a OMS Sobre o Silício na Água Potável?

A Organização Mundial da Saúde publicou diretrizes e avaliações técnicas sobre diversos minerais presentes na água potável, incluindo o silício.

Embora o silício não esteja listado entre os contaminantes regulados nas “Diretrizes de Qualidade da Água Potável” (edição mais recente), a OMS afirma que não há evidência de toxicidade aguda ou crônica associada ao consumo de silício nas concentrações encontradas naturalmente na água potável.

De acordo com o relatório técnico da OMS (1996, atualizado em 2005), o consumo médio de silício pela água gira entre 2 a 5 mg por litro, dependendo da região. No entanto, fontes minerais podem conter quantidades muito mais elevadas, variando de 10 até mais de 100 mg por litro, sem efeitos adversos observados em populações consumidoras.

A OMS não estabelece um limite máximo permitido, justamente por não haver evidência de risco à saúde em níveis naturais. Isso dá segurança para o consumo de águas minerais ricas em silício.

Ingestão Segura e Referências de Estudos

Embora a OMS não defina um valor de ingestão diária recomendado para o silício, diversos pesquisadores e instituições sugerem que um adulto saudável pode consumir entre 20 a 50 mg de silício por dia sem risco.

Um estudo de referência é o de Jugdaohsingh et al. (2000), publicado no “American Journal of Clinical Nutrition”, que aponta que cerca de 30 mg diários de silício, principalmente na forma solúvel presente na água, são benéficos para a saúde óssea e a síntese de colágeno.

Outros estudos, como os de Seaborn & Nielsen (2002), também confirmam a relação positiva entre o consumo de silício e a manutenção da densidade mineral óssea, especialmente em mulheres pós-menopausa.

Comparação Internacional: Concentrações de Silício na Água

A concentração de silício nas águas varia bastante conforme a origem geológica. Veja alguns exemplos:

  • Lindoya Joia (Brasil): Cerca de 17.000 mg/L de sílica (SiO₂), equivalente a aproximadamente 8.000 mg/L de silício elementar — uma das mais altas do mundo.
  • Água de Cacilhas (Portugal): Cerca de 60 mg/L de silício, considerada excelente para consumo diário.
  • Volvic (França): Em torno de 32 mg/L.
  • Fiji (Ilhas Fiji): Aproximadamente 93 mg/L.
  • Água de São Lourenço (Brasil): Cerca de 35 mg/L.

Esses números mostram que é possível encontrar águas minerais com alto teor de silício em várias partes do mundo — e com segurança, conforme os estudos disponíveis.

Silício: Riscos, Mitos e Fatos

Apesar dos benefícios, é comum surgirem dúvidas sobre possíveis riscos do consumo elevado de silício.

Importante destacar que o silício orgânico ou solúvel (como o presente na água) é considerado seguro, diferentemente de formas não solúveis ou industriais (como poeiras de sílica), que podem causar problemas respiratórios em trabalhadores expostos.

Em relação ao consumo por via oral, não há evidência de efeitos adversos mesmo com doses acima de 100 mg/dia, segundo estudos clínicos.

Portanto, consumir águas minerais ricas em silício dentro do padrão diário sugerido é considerado seguro e benéfico.

Considerações para Gestantes, Idosos e Crianças

A ingestão de silício na forma solúvel pode ser ainda mais importante para:

  • Gestantes: Auxilia na formação de tecidos e na saúde óssea do bebê.
  • Idosos: Ajuda na prevenção da osteoporose e na elasticidade da pele.
  • Crianças e adolescentes: Contribui para o desenvolvimento dos ossos e articulações.

No entanto, é sempre recomendado consultar um médico ou nutricionista antes de iniciar o consumo regular de águas ricas em minerais em populações mais sensíveis.

Como Incluir o Silício na Sua Rotina com Segurança

Para aproveitar os benefícios do silício sem excessos, siga algumas orientações simples:

  • Leia os rótulos: Verifique a quantidade de silício (sílica) por litro.
  • Alterne fontes: Combine águas com diferentes perfis minerais.
  • Hidrate-se com consciência: Consuma entre 1,5 e 2 litros de água por dia, preferindo marcas com silício solúvel.
  • Fique atento ao sabor: Algumas águas com alto teor mineral podem ter gosto mais marcante.

Concluindo, os estudos da OMS deixam claro: o silício presente naturalmente na água potável é seguro e pode ser uma excelente forma de complementar a ingestão desse mineral essencial.

Com benefícios reconhecidos para ossos, pele e articulações, o silício — especialmente em sua forma solúvel — está cada vez mais presente nas discussões sobre saúde preventiva e bem-estar.

Se você busca uma maneira natural, prática e eficaz de melhorar sua qualidade de vida, considere incluir águas minerais ricas em silício na sua rotina.

Ricardo Silva

Sou Ricardo Silva, entusiasta das águas minerais e defensor da saúde natural. Tenho um interesse especial nas propriedades terapêuticas dos minerais presentes na água — em especial o silício — e venho, ao longo dos anos, estudando como eles podem beneficiar nosso organismo, com foco na saúde dos ossos, da pele, dos cabelos e das unhas. Através do blog aguacomsilicio.com, compartilho meu conhecimento e minha paixão sobre o impacto das águas minerais ricas em silício. Busco sempre unir as descobertas científicas a uma abordagem prática, oferecendo conteúdos claros e acessíveis para quem deseja incluir esses minerais na rotina e alcançar uma vida mais saudável e equilibrada.

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