A Influência Potencial da Sílica na Água Potável sobre a Doença de Alzheimer e Distúrbios Associados

A Doença de Alzheimer (DA) é uma condição neurodegenerativa progressiva que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. Diversos fatores têm sido associados ao seu desenvolvimento, incluindo a possível contribuição do alumínio na fisiopatologia da doença. Neste contexto, pesquisadores investigaram métodos para reduzir a carga corporal de alumínio, visando potencialmente mitigar os efeitos da doença.

O Estudo

O estudo conduzido por Gillette Guyonnet et al. (2007) teve como objetivo revisar artigos publicados sobre a presença de sílica na água potável em relação à DA e distúrbios associados. A hipótese era que a sílica presente na água poderia se ligar ao alumínio, formando complexos que seriam eliminados pela urina, reduzindo assim a biodisponibilidade do alumínio no organismo.

Metodologia

Os autores analisaram dados de coortes francesas que demonstraram que o alumínio na água potável parece ter um efeito deletério e aumenta o risco de comprometimento cognitivo quando as concentrações de sílica são baixas. Além disso, observaram que o desempenho em testes cognitivos estava positivamente correlacionado ao consumo de sílica e que o risco de DA era reduzido em indivíduos com maior ingestão diária de sílica.

Resultados

Os resultados sugerem que a sílica pode atuar como um antídoto natural ao alumínio, diminuindo sua biodisponibilidade, cuja neurotoxicidade está claramente estabelecida. Dados indicam a possível utilização de silicatos como agentes terapêuticos para a DA, uma vez que tanto os emaranhados modelo quanto as folhas beta-pleated precipitadas de betaA4 podem ser revertidos para formas solúveis por silicatos.

Implicações

Os achados sugerem que o consumo regular de água potável rica em sílica pode ser uma abordagem segura e não invasiva para reduzir a carga corporal de alumínio. Embora os resultados sejam preliminares, eles oferecem suporte à hipótese de que o alumínio pode desempenhar um papel na DA e que sua redução no corpo pode ser benéfica.

Considerações Finais

Este estudo fornece evidências iniciais de que a ingestão de água rica em sílica pode aumentar a excreção de alumínio no corpo, potencialmente oferecendo uma estratégia para reduzir a carga desse metal em pacientes com DA. No entanto, são necessárias pesquisas adicionais para confirmar esses resultados e determinar se a redução do alumínio corporal pode influenciar positivamente a progressão da doença.


Referência:

Gillette Guyonnet, S., Andrieu, S., & Vellas, B. (2007). The potential influence of silica present in drinking water on Alzheimer’s disease and associated disorders. Journal of Nutrition, Health & Aging, 11(2), 119-124.PubMed

Para mais detalhes sobre este estudo, acesse a publicação original no PubMed através do seguinte link: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/17435954/.

Ricardo Silva

Sou Ricardo Silva, entusiasta das águas minerais e defensor da saúde natural. Tenho um interesse especial nas propriedades terapêuticas dos minerais presentes na água — em especial o silício — e venho, ao longo dos anos, estudando como eles podem beneficiar nosso organismo, com foco na saúde dos ossos, da pele, dos cabelos e das unhas. Através do blog aguacomsilicio.com, compartilho meu conhecimento e minha paixão sobre o impacto das águas minerais ricas em silício. Busco sempre unir as descobertas científicas a uma abordagem prática, oferecendo conteúdos claros e acessíveis para quem deseja incluir esses minerais na rotina e alcançar uma vida mais saudável e equilibrada.

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